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Quem não é da área da tecnologia da informação pode achar difícil compreender essa história de computação em nuvem.
Enquanto a materialidade de um hardware – como o teclado ou o monitor de um computador – é evidente, o mesmo não se pode dizer de softwares e sistemas.
Antes, sabíamos que eles estavam “dentro” do disco rígido do computador ou em uma mídia física, como um disquete (lembra dele?) ou um CD-ROM.
Agora, com a computação em nuvem, parece que as coisas estão mais confusas, porque é possível acessar os mesmos recursos em qualquer computador ou outro dispositivo com acesso a internet.
Isso sem precisar instalar nada, sem nenhuma mídia física e podendo recuperar todas as informações já trabalhadas naquele sistema.
Fica parecendo que os dados são entidades metafísicas. Ou que ficam, literalmente, nas nuvens, sem ocupar um espaço físico aqui na superfície.
Na realidade, não é bem assim que funciona. Há muito trabalho e organização tecnológica de prestadores de serviço para permitir que utilizemos soluções nas nuvens.
Neste artigo, mais do que explicarmos como funciona a computação em nuvem, vamos abordar a importância dessa tecnologia nos processos de gestão das empresas.
Afinal, as inovações tecnológicas são criadas para cumprir propósitos, e é sobre isso que vamos falar aqui.
Confira os tópicos que preparamos para a sua leitura:
- O que é computação em nuvem?
- Como funciona a computação em nuvem?
- Exemplos de computação em nuvem
- Importância da computação em nuvem para as empresas
- Vantagens e desvantagens da computação em nuvem
- O que significa colocar um arquivo na nuvem?
- O que é programação e desenvolvimento de sistemas em nuvem?
- O que é uma nuvem privada?
- O que é uma nuvem comunitária?
- O que é armazenamento em nuvem ou Cloud Storage?
- Tipos de armazenamento em nuvem.
- Tipos de serviços em nuvem.
Se eram essas as informações que procurava, não deixe de acompanhar o artigo até o final!
O que é computação em nuvem?
Computação em nuvem é a oferta de serviços de computação sob demanda por meio da internet.
Esses serviços incluem armazenamento de arquivos, redes, softwares, bancos de dados, servidores e outros tantos.
A característica principal é esse sistema torna desnecessário salvar arquivos e instalar programas em seu próprio computador.
Já está tudo armazenado em servidores das empresas que prestam o serviço, acessíveis aos usuários pela rede mundial de computadores.
É isso que permite a oferta de serviços sob demanda: só se paga por aquilo que, de fato, é consumido.
Desse modo, a computação em nuvem permite grande economia, flexibilidade e escalabilidade, entre outros benefícios, que explicaremos melhor mais adiante.
Essas vantagens existem para qualquer usuário, e também para empresas de todos os tamanhos, que tornam a gestão de tecnologia da informação muito mais eficiente.
Outra característica muito útil e importante da computação em nuvem é a possibilidade de o profissional atuar remotamente.
Em qualquer parte do mundo, desde que ele tenha um computador (ou outro dispositivo que possa acessar a rede mundial com um navegador) e conexão à internet, ele poderá utilizar as soluções da nuvem para realizar seu trabalho.
Quem trabalha em uma empresa moderna, portanto, não tem mais aquele problema de precisar estar no escritório para desempenhar suas funções.
Essas características têm tudo a ver com as novas exigências do mercado de trabalho: equipes mais móveis, flexíveis e conectadas.
Como funciona a computação em nuvem?
Se os serviços de computação não estão nas máquinas dos operadores, onde estão? Como funciona a computação em nuvem?
Como antecipamos na abertura deste texto, os dados não flutuam no céu. Eles são armazenados em outros computadores, espalhados pelo mundo, chamados de data centers.
Tratam-se de equipamentos robustos, com alta capacidade de armazenamento e processamento de informações, conectados o tempo todo para receber e enviar informações.
Os softwares e sistemas são instalados nesses computadores e podem ser acessados por qualquer usuário habilitado que tenha conexão à internet.
O acesso ocorre por meio de um navegador ou aplicativo, programas simples que ocupam pouco espaço no disco rígido do usuário.
Exemplos de computação em nuvem
A melhor maneira de entender o funcionamento de uma tecnologia é associando a mesma a algo que faz parte da sua rotina.
É o que acontece quando você descobre que ela está presente em muitas das soluções com as quais você tem contato frente.
Quer ver só? A seguir, listamos alguns exemplos de computação em nuvem em diversas áreas.
- Google Maps: é possível acessar o mapa de ruas e imagens de satélite do mundo todo a partir do navegador
- Dropbox: um dos principais serviços do mundo em armazenamento e compartilhamento de arquivos na nuvem
- Softwares de gestão: cada vez mais as empresas têm optado por softwares na nuvem, em vez de instalá-los em redes internas que só podem ser acessadas nos computadores das companhias
- Google Docs: documentos de texto, planilhas e outros arquivos podem ser criados, editados e compartilhados na nuvem, sem precisar salvá-los em uma pasta de seu computador
- Trello: é organizador na nuvem em que vários usuários podem ter acesso aos projetos cadastrados para conferir quais as etapas e o status das tarefas
- Spotify: o download de músicas em mp3 parecia ser a última evolução do mercado fonográfico, mas agora há serviços como o Spotify, em que as músicas estão na nuvem, de modo que podemos ouvi-las sem precisar baixá-las
- Youtube: bem antes do Spotify, o Youtube revolucionou a maneira como os usuários compartilham vídeos na web. Agora, não precisamos mais fazer pesados uploads e downloads, pois os arquivos ficam na nuvem: basta assisti-los no site ou aplicativo
- Netflix: enquanto no Youtube qualquer usuário pode publicar seus vídeos amadores, o Netflix é um serviço na nuvem para grandes produções como séries, filmes e documentários.
Esses são apenas alguns dos diversos serviços disponíveis que utilizam a computação em nuvem.
Vários deles são gratuitos, às vezes com a opção de pagar uma assinatura para obter um serviço diferenciado.
Um exemplo é o Gmail. Gratuitamente, você obtém um e-mail pessoal. Se quiser uma conta corporativa, com mais espaço para armazenamento e vários usuários com endereços diferentes, terá de pagar.
Gratuito ou pago, uma característica sempre presente, que destacamos ao definir o que é computação em nuvem, é o conceito de “sob demanda”: só são consumidos os recursos utilizados.
Ao acessar o Netflix, por exemplo, apenas a série que você deseja assistir no momento será carregada.
Quando alguém entra no site do Google Maps, não carrega imagens de satélite aproximadas do mundo todo, apenas do local em que o usuário aproximou o mapa.
Importância da computação em nuvem para as empresas
Em outros tempos, empresas precisavam investir em máquinas muito potentes e ter uma equipe de TI sempre de prontidão para resolver eventuais problemas em softwares e sistemas.
Agora, na maioria dos segmentos, as companhias podem ter computadores simples e apenas criar, para os colaboradores, usuários de acesso aos serviços na nuvem.
Em caso de problemas ou dúvidas, muitos dos serviços desse tipo oferecem um suporte rápido e qualificado.
A importância da computação em nuvem para as empresas, portanto, está na agilidade e na praticidade que ela confere. Outras vantagens que podemos citar são:
- Redução de custos: gasta-se menos com compra de hardware e com mão de obra para instalar e manter softwares, sistemas e servidores. Sem contar a economia de energia para que as máquinas sigam funcionando e de espaço físico na empresa
- Flexibilidade: é possível explorar novas formas de organizar a equipe, possibilitando, por exemplo, o home office (ou trabalho remoto), com colaboradores trabalhando em casa, caso preferirem
- Escalabilidade: os gestores de TI não precisam adivinhar qual será a necessidade ao contratar os serviços e correr o risco de desperdiçar recursos ou precisar de uma ampliação da estrutura em curto prazo. Com a computação em nuvem, o processo de aumento na capacidade pode ser até automático
- Desempenho: os data centers que abrigam as principais soluções da computação em nuvem são atualizados constantemente, garantindo sempre a máxima tecnologia para a melhor experiência dos usuários.
Vantagens e desvantagens da computação em nuvem
Parece tudo uma maravilha, não é mesmo? A computação em nuvem é realmente um caminho sem volta.
Mas ela não é composta apenas por vantagens. Há quem encontre alguns pontos negativos nesse conceito tecnológico.
As principais são relacionadas à segurança e privacidade das soluções na nuvem.
Isso porque informações privadas da empresa, que podem ser sensíveis e confidenciais, ficam armazenadas nos servidores de outra companhia.
Quem fica responsável pela proteção dos dados é outra organização. Por isso, o grau de confiança no prestador de serviço tem que ser total.
Aliás, muitas empresas trabalham com dados pessoais de clientes, o que implica em uma grande responsabilidade, ainda mais com as recentes regulamentações na área da proteção de dados.
Assim como na questão da segurança e privacidade, outras desvantagens da computação em nuvem também variam de acordo com a qualidade dos serviços prestados.
Por exemplo, dificuldades na migração para outros provedores, tempo de inatividade, problemas técnicos, falta de flexibilidade e outros.
Alguns desses pontos são desvantagens em determinados serviços, mas não em outros.
Na hora de escolher a solução a ser implantada em sua empresa, portanto, convém contar com a consultoria de um profissional de tecnologia da informação.
O que significa colocar um arquivo na nuvem?
Quem viveu o início da popularização dos computadores nos lares e em empresas conhece muito bem a história da evolução do armazenamento de arquivos.
Se você quisesse repassar um arquivo para outra pessoa, uma das maneiras de fazê-lo era copiando-o para um disquete.
Esses discos quadrados tinham uma capacidade de armazenamento muito pequena.
Mais tarde, muitos computadores já vinham com um gravador de CD, o que permitia transferir uma quantidade muito maior de arquivos.
Hoje, as mídias físicas mais práticas são o pendrive e o HD externo, que podemos conectar aos computadores por uma entrada USB.
Na maioria das situações, porém, nenhum desses objetos é mais prático para transferir ou guardar arquivos do que a nuvem.
Respondendo à pergunta deste tópico, colocar um arquivo na nuvem é, por meio da internet, armazená-lo em um servidor externo.
Dropbox, Google Drive, One Cloud e iCloud estão entre os principais serviços de armazenamento em nuvem.
Neles, o usuário tem acesso a um ambiente digital em que pode fazer o upload de arquivos de qualquer formato.
É uma espécie de diretório, que imita a estrutura de pastas e arquivos que temos dentro do HD do computador.
A diferença positiva é que eles não ocuparão o espaço disponível no disco rígido.
A negativa é que, dependendo serviço de armazenamento e do tipo de arquivo, ele só poderá ser aberto se baixado para o diretório do próprio computador.
Mas a vantagem principal é que esses arquivos armazenados na nuvem podem ser compartilhados com outro usuário.
Assim, não é preciso se encontrar pessoalmente com o outro indivíduo e entregar a ele um disquete, CD, pendrive ou HD externo.
O que é programação e desenvolvimento de sistemas em nuvem?
Além da possibilidade de armazenar arquivos na nuvem, também é possível acessar softwares nesse tipo de ambiente.
Desse modo, o usuário não precisa instalar os programas em seu computador, podendo acessá-los em qualquer máquina, com seu usuário e senha.
É disso que se trata a programação e desenvolvimento de sistemas na nuvem.
Vale observar que grandes empresas não precisam, necessariamente, contar com serviços de terceiros nesse sentido.
Uma boa equipe de TI pode desenvolver soluções próprias diretamente na nuvem, atendendo às demandas da empresa sob medida.
Isso exige, porém, um alto investimento.
Quando a programação é responsabilidade de um terceiro, fica muito mais fácil para o cliente, que não precisa se preocupar com atualizações e uso de espaço.
O que é uma nuvem privada?
Você lembra que citamos segurança e privacidade como principais desvantagens da computação em nuvem?
Esse é um dos motivos que fazem muitas empresas optarem por uma nuvem privada.
É a mesma coisa de que falamos até aqui (serviços de computação oferecidos via conexão com a internet), porém disponíveis apenas para um grupo de usuários, e não para o público em geral.
Dessa maneira, é possível ter recursos como firewalls da empresa e hosting interno, que garantem maior segurança aos dados confidenciais.
A opção por uma nuvem privada é mais cara, mas traz outra vantagem: maiores possibilidades de customização nas soluções.
Tudo isso sem perder em escalabilidade e flexibilidade, os grandes benefícios da computação em nuvem.
O que é uma nuvem comunitária?
Uma nuvem comunitária é como se fosse um meio termo entre as nuvens pública e privada.
Ela também não é aberta a qualquer usuário da internet, mas, ao mesmo tempo, não fica restrita apenas a uma organização.
Trata-se de um ambiente compartilhado por instituições que têm interesses em comum.
É uma boa solução para ecossistemas empreendedores, baseados na colaboração.
A grande vantagem de organizar uma nuvem comunitária é a redução de custos, pois as despesas com os serviços são divididas entre os diferentes usuários.
Ao optar pelo compartilhamento da nuvem, é importante definir bem quais as diretrizes para a customização do ambiente e quem será responsável pela sua gestão.
O que é armazenamento em nuvem ou Cloud Storage?
Se um dia você ler o termo “cloud storage”, saiba que ele nada mais é do que “armazenamento em nuvem” em inglês.
Ele costuma ser utilizado para se referir à política de armazenar dados pessoais e empresariais na nuvem.
Quanto maior é a empresa, maior é sua necessidade de organizar bem esses processos.
Em muitos casos, convém alocar um colaborador para cuidar especificamente dessas questões.
Pois o armazenamento em nuvem implica também em backups em dispositivos físicos, como HDs externos e pendrives, que ainda não são completamente obsoletos.
Contar com um bom serviço de armazenamento de dados na nuvem é o primeiro passo para aproveitar o big data e implementar ações de business intelligence.
Tipos de armazenamento em nuvem
Uma das maneiras de classificar o armazenamento em nuvem é segundo os critérios que já abordamos nos tópicos anteriores.
Uma nuvem pode ser pública, ou seja, é disponibilizada para todo um universo de clientes e as interações ocorrem por meio de protocolos na internet.
Pode ser também privada ou comunitária, de acordo com o que explicamos antes.
Ou também híbrida, um tipo que mistura as características dos três modelos, com uma grande variedade de opções de uso – e o maior custo de implementação.
Também podemos classificar o armazenamento em nuvem de acordo com a tecnologia utilizada.
No all flash, por exemplo, os dados são armazenados em memória flash, com velocidade de leitura e gravação altíssima.
No standard, o modelo mais comum, é utilizada memória flash, onde ficam os dados “quentes”, e discos, nos quais ficam guardados os dados “frios”.
Muitas empresas escolhem o modelo enterprise, composto por discos performáticos, em que a velocidade não é um grande atrativo, porém a tolerância a falhas é uma vantagem.
Por fim, temos também o armazenamento em nuvem específico para backups, que utiliza discos volumétricos e tem como característica a baixa performance, custo acessível e muito espaço disponível.
Tipos de serviços em nuvem
Com a consolidação da computação em nuvem os provedores de serviços desenvolveram modelos comerciais para atender as demandas do negócio.
A seguir, listamos os principais tipos de serviços oferecidos:
- Iaas (Infraestrutura como Serviço): serviço onde os prestadores oferecem servidores virtuais, conexões de rede, largura de banda, endereços IPs e serviços de balanceamento em localidades diferentes (continentes diferentes), sem a necessidade da empresa que contrate tenha que investir em equipamentos próprios. Servidores conseguem ser disponibilizados em minutos e upgrades de capacidade de computação em pouquíssimo tempo. É um sonho que se tornou realidade para que os gerentes de infraestrutura atendam as demandas do negócio com celeridade.
- SaaS (Software como Serviço) : permite que os usuários utilizem aplicativos diretamente na nuvem. As empresas podem contratar serviços como e-mail e ferramentas de trabalho. Como exemplo, a utilização do OFFICE 365 com e-mail e o Microsoft Office (Word, Excel e Power Point) sem a necessidade de instalar nada na estação de trabalho. Outro exemplo é a conta de e-mail do GMAIL com as ferramentas do GOOGLE DOCS.
- PaaS (Plataforma como Serviço): é um ambiente de desenvolvimento completo na nuvem, que permite o provedor de serviços oferecer desde simples aplicativos até poderosos sistemas de gestão empresarial. Com o modelo PaaS, as empresas que contratam esse serviço estão livres de comprar e gerenciar licenças de softwares, servidores, firewalls de rede, gerenciamento de banco de dados e realizar altos investimentos com estruturas de datacenters próprios. Um exemplo real é o serviço que a empresa LYCEUM oferece, um dos principais sistemas de gestão acadêmica do Brasil para instituições de ensino, sem a necessidade de investir em infraestrutura interna.
Conclusão
Para sobreviver e prosperar em um mercado volátil, competitivo e tomado pela tecnologia, as empresas precisam estar antenadas nas práticas de gestão mais modernas.
A computação em nuvem é uma tecnologia que permite maior agilidade, flexibilidade e redução de custos na infraestrutura de tecnologia da informação de uma companhia.
Se a segurança e a privacidade são os fatores que motivam uma resistência, saiba que é mais fácil minimizar esses problemas do que continuar com o modelo antigo.
Basta procurar os prestadores de serviço com melhores atributos em relação à proteção dos dados de seus clientes. Ou, então, contar com uma nuvem privada.
É importante que essas decisões sejam tomadas por pessoas com um bom conhecimento técnico na área, de modo que as necessidades da organização sejam satisfeitas.
Com um sistema de armazenamento e de gestão na nuvem, o administrador pode pensar nos passos seguintes: como aproveitar essa tecnologia para qualificar as tomadas de decisão na empresa.
Caso você tenha dúvidas ou sugestões sobre o assunto, deixe um comentário abaixo ou entre em contato conosco.